Sou, repetindo o dia a dia, mero tolo
por
querer, ainda assim, ver objeto
em minhas idas e vindas sem consolo
que
não o de ser consciente do trajeto?
Desatino sem propósito, mas com afeto
pelo
Sísifo que eleva a pedra ao morro,
esperando
que não ceda ao próprio inferno,
mas
que ande obstinado e curioso.
No
absurdo desse mundo feito eco,
guardo
a lucidez no próprio esforço
em
desafio ao labirinto sempiterno.
E a verdade que penetra até o osso,
já
não me incomoda se a enxergo.
Consciente,
já não posso mais ser morto.
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