terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Zeitgeist

 Não existe mais lucidez, artigo raro e preciso.

Os fatos não são cabais, pois em versões convertidos.

O dia a dia envolvido em tempestade infinita

E o sentir, soterrado, na enxurrada desliza.


É a dialética imposta, como comum, nessa vida:

Há os que ficam calados, só esperando a batida,

Enquanto outros invadem, com fome de precipício,

A sufocar os demais, como se fosse um alívio.


Mas sei que alguém gritará, quando soarem os tiros.

Será a voz sem descanso, quando partirem pra cima.

E quando a luz apagar, o que acende o motivo.


Pois, mesmo depois do fim, o ser humano é o princípio

De uma mensagem que fica, até depois de esquecida,

Como arredio fantasma, depois de um homicídio.

Resiliência

 Já não era tudo

O vazio que assusta;

Já não era nada

Toda aquela luta.

A perspectiva aprendi

desde cedo:

Estar vivo

Mesmo a esmo.