Não existe mais lucidez, artigo raro e preciso.
Os fatos não são cabais, pois em versões convertidos.
O dia a dia envolvido em tempestade infinita
E o sentir, soterrado, na enxurrada desliza.
É a dialética imposta, como comum, nessa vida:
Há os que ficam calados, só esperando a batida,
Enquanto outros invadem, com fome de precipício,
A sufocar os demais, como se fosse um alívio.
Mas sei que alguém gritará, quando soarem os tiros.
Será a voz sem descanso, quando partirem pra cima.
E quando a luz apagar, o que acende o motivo.
Pois, mesmo depois do fim, o ser humano é o princípio
De uma mensagem que fica, até depois de esquecida,
Como arredio fantasma, depois de um homicídio.