terça-feira, 1 de junho de 2010

Complexo obituário


É a hora, hora que se faz

Triste para o que chora
O bom homem que se vai
Ao certo fim que ignora.


Mas se outro comemora
O corpo que ali vai,
É certo que não o adora,
Nenhuma lágrima cai.


Ama quem chora o valente
Ri o outrora inimigo,
Terá razão o contente?
Terá razão o contrito?


Mas o conflito é aparente,
Ninguém é santo ou bandido
Assim tão completamente,
À parte o maniqueísmo.

Nenhum comentário: