Como escreveu Mário Quintana: [...] Um poema não é para te distraíres como com essas imagens mutantes dos caleidoscópios. Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe Um poema não é também quando paras no fim porque um verdadeiro poema continua sempre... Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Soneto da Filha Adormecida
Todas as noites vejo o rosto sereno
E a respiração calma que a veste
Olhando para tudo e percebendo
Apenas onde pousa tão celeste.
E na penumbra do quarto compreendo
Que existe algo concreto como o ar
A invadir os pulmões em sorvo ameno
Como o ato vital de respirar.
Mas para bem dizê-lo falta à pena
Apreender o mais puro sentimento
Que surge, por encanto, dessa cena.
Pois quanto mais a diviso menos tento
Entender esse amor que se contenta
Apenas com a beleza do momento.
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Um comentário:
Márcio,
cheguei aqui pelo comentário que você deixou em meu blog. Obrigada pelas palavras lá deixadas, e por esse poema, de extrema delicadeza.
Sou mãe e esse texto me tocou de forma especial.
[]s
Ana Cristina
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