quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Velho Álbum

Dentro da velha caixa fechada
As fotografias dormem, esquecidas.
Embora eternizados momentos de uma vida,
É memória para sempre aprisionada.

Quantos, quantos instantes são perdidos,
Quanta história, assim, não é contada,
Quantos detalhes se vão pela jornada,
Embora a caminhada sempre siga.

E lentamente, enfim, vão se esgarçando
As lembranças dia a dia emolduradas
No templo do mero esquecimento.

E a vida tristemente vai passando,
Nas imagens em que foi colecionada,
Se não pôde se guardar o sentimento.

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