Eu quero a palavra imprevista.
Que venha bater à minha porta,
não fique à soleira, morta,
e nem se limite à batida.
Invada-me o pensamento,
liberte-me desse momento,
ocupe o lugar que precisa.
Eu quero a palavra exata,
a descrever sentimentos,
a eternizá-los no tempo,
daquilo que me escapa.
E quando chegado o momento,
que me invada o pensamento,
e se crave como faca.
Eu quero a palavra total.
Aquela palavra que cala,
na garganta toda fala,
definitiva e cabal.
E quando chegar o momento,
invada-me o pensamento,
decrete-me o ponto final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário