quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Engodo

Vou seguindo pela vida, brevemente,
pois o espaço de uma vida é muito pouco,
para andar a perseguir os sonhos loucos,
para alcançar o horizonte persistente.

O lapso de uma vida é só um sopro,
no espaço da visão que sempre mente.
E conduz o nosso parco corpo à frente,
forjando nosso espírito no esforço.

E ao fim desse instante é que se sente
pela primeira vez o corpo não dormente
e a verdade penetrar até o osso.

A despertar o pesadelo, consciente,
de que a vida mais terrena é, tolamente,
mero ensaio para a escuridão do fosso.

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